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13 de junho de 2013

Sodade da Boa Vista


Regressei a Cabo Verde para conhecer a ilha da Boa Vista. Já tinha estado no Sal e no Fogo e tinha curiosidade de desbravar esta Ilha e as suas magníficas praias.


Depois de um voo um pouco extenuante, não pelas horas, 4, mas pela quantidade de crianças a chorar, cheguei ao Hotel Iberostar que ao contrário de outras cadeias da Ilha preserva o encanto das casinhas baixas. O meu quarto tinha uma magnífica vista sobre a praia de Chaves, uma das melhores da Ilha.

Biquini Dama de Copas (fotos superiores) e relógio Watx&Colors


Adoro conhecer ilhas mas há sempre um ponto que me desagrada, o vento, e na Boa Vista não é excepção. No entanto, quando o calor está mais intenso seria difícil suportar sem uma brisa mas quando esta se transforma em ventania que não nos permite estar na praia não me agrada assim tanto. De qualquer forma, embora tenha apanhado dois dias mais nublados os restantes deram para fazer duas caminhadas pela praia por dia, pois um dos meus objectivos era fazer algum exercício e comer bem. O que não foi difícil pois o menu incluía sempre peixe fresco grelhado e uma selecção de legumes varíados.


O passeio pela Ilha permitiu conhecer um pouco mais da cultura deste povo, que de uma maneira geral é bastante acolhedor, tratando carinhosamente os portugueses por "primos". Fiquei decepcionada com a pobreza que vi em Rabil e Sal Rei, julgo que o facto da Ilha ter passado de 4 mil habitantes para 12 mil em pouco tempo não terá ajudado a que houvesse um crescimento sustentado. No entanto, e dado que existe uma forte aposta no turismo, considero que deveriam ter um maior cuidado com a preservação das casas e com a limpeza (refiro-me a lixeiras a céu aberto).



O tour pela Ilha levou-nos a sítios idílicos, como o Deserto de Viana ou a deslumbrante Praia de Santa Mónica, uma praia deserta que segundo dizem é igual à sua homónima em LA mas sem pessoas, sendo considerada uma das mais belas praias do mundo. Não sei como foi feito o ranking mas posso comprovar que é uma praia lindíssima.


O nosso tour teve ainda direito a uma passagem pelo barco encalhado, o esqueleto do Cabo de Santa Maria, um barco espanhol aqui se encontra desde 1968 e dá um aspecto um pouco surreal a esta paisagem. Para culminar o passeio um furo na nossa pick up que já tinha visto melhores dias, mas tudo isto permitiu que nos divertíssemos e fizéssemos amizade com o grupo com quem fomos.



O resto dos dias foram passados com longos passeios na praia de Chaves até às dunas e à chamine que é tudo o que resta de uma antiga fábrica de cerâmica, bem como num alegre convívio com o grupo que conhecemos no tour. Entre óptimas conversas e boa comida ao som das mornas e funána. Difícil é sempre o regresso ainda para mais quando chegamos a uma Lisboa cinzenta e fria. Neste caso é difícil não sentir Sodade de Cabo Verde.




Até à próxima viagem;)

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