No início do verão de 1956, Colin
Clark, um jovem de 23 anos vindo de uma família abastada, determinado a singrar
na “indústria dos sonhos”, consegue uma vaga como terceiro assistente na
produção do filme “The Prince and the Showgirl", que junta a realeza dos
actores britânicos, Sir. Laurence Olivier, à grande musa de Hollywood Marilyn
Monroe.
Em 1995, Clark, documentarista de
carreira alcança o reconhecimento internacional ao publicar “The Prince, the
Showgirl and Me", a sua versão dos acontecimentos que sucederam durante a
rodagem daquele filme… Todos!? Não todos…! O filme relata a semana omissa que
não surge nos relatos e que foi dada a conhecer no livro "My Week With
Marilyn".
Michelle Williams como Marilyn!?
É caso para dizer “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Nas primeiras
imagens questionamos o porquê da escolha, não reconhecemos os traços. É à
medida que o filme se desenrola e que a acção toma lugar que Williams nos arrebate
e tudo o que estranhámos torna-se familiar e reconhecemos naqueles lábios
sensuais à “femme fatale” que inspirou gerações.
Este episódio que o filme narra
bem podia ser a sinopse da vida e personalidade de Marilyn. Da mulher extremamente
frágil e delicada à doce manipuladora, da musa de Hollywood à rapariga perdida,
destruída lentamente pelo álcool e medicação. Uma mulher que gostava de ver a
sua beleza reflectida no olhar dos homens que a amaram mas com uma auto-estima
extremamente fraca, que provavelmente esteve na génese do seu suicídio.
Num filme agradável e com um
leque de bons actores, Michelle Williams encarna na perfeição a ambiguidade da
musa eterna de Hollywood.
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