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12 de abril de 2018

Mariana Pacheco | Na Primeira Pessoa


Mariana Pacheco é uma das mais consagradas actrizes da sua geração. O seu talento para as artes revelou-se desde cedo e a certeza de que a sua carreira passaria pelo mundo do espectáculo foi sempre uma constante. Encontrámos-mos num final de tarde antes de dar início à peça o "Principezinho", no Teatro da Trindade, onde personifica a emblemática "rosa", para uma agradável e divertida conversa. Um registo simples e descontraído que tão bem a caracteriza.


Mariana estamos aqui no Teatro da Trindade, onde interpretas a “rosa” no espectáculo do Principezinho. Como te sentes neste papel tão especial? 

Sinto-me muito feliz e preenchida por poder fazer parte de uma história tão verdadeira e intemporal como esta. Quase todas as crianças cresceram com o Principezinho. Poder agora ser uma das pessoas a contar a história a esta nova geração é um privilégio que tem sido muito gratificante.


Esta peça transmite mensagens extremamente actuais, entre as quais o valor da amizade, honestidade, da ausência de máscaras. Achas que no mundo em que vivemos estes princípios estão em crise? 

Acho. Acho que cada vez mais somos pressionados pela sociedade, ideais utópicos e ambiente em que vivemos, a usar essas máscaras. Especialmente num mundo que avança tão velozmente com a tecnologia, as redes sociais e todos esses aparelhos que aparentemente nos aproximam uns dos outros mas que na realidade nos tornam cada vez mais distantes.


Nesta peça destacam-se os teus dotes vocais, como foi entrar num musical? Se não tivesses sido atriz a carreira de cantora teria sido uma possibilidade? 

A carreira de cantora continua a ser uma possibilidade que nunca esteve esquecida. Nunca parei de cantar. Começaram a aparecer novos projetos (nomeadamente teatro musical) que me permitiram e continuam a permitir estar ligada à música profissionalmente, mas sempre foi esse o meu grande sonho.


Quando soubeste que querias ser actriz? 

Muito cedo. Sabia que queria estar ligada às artes. Adorava cantar, fazer palhaçadas, dançar (felizmente percebi a tempo que dançar não é o meu forte), estar à frente das câmaras ou de um microfone. As oportunidades começaram a surgir e não hesitei. Desde muito nova já sabia o que queria fazer na vida.


Começaste com o “Jogo” na SIC em 2003, entraste nos “Morangos com Açúcar” e desde então a tua carreira não mais parou de crescer…Qual a personagem que mais te desafiou? Confesso que como espectadora a Catarina Ferreira em “Coração d’Ouro” marcou-me muito, chegando por vezes a “detestar-te” (risos). Como se lida com esse lado? 

A personagem que mais me desafiou foi precisamente a Catarina, em Coração D’ouro. Foi uma oportunidade incrível mas assustadora ao mesmo tempo e tive muito medo de falhar.


Sei que gostas de escrever. Isso ajuda-te a preparar os teus personagens? 

É fundamental. Preciso de entrar dentro da personagem e para mim, não chega decorar o texto e saber as suas características. Gosto de ir mais longe, gosto de escrever os seus diários, criar uma história, um passado, encontrar segredos e coisas que possam ser só minhas. E adoro fazer essa construção.


Qual foi a sensação de ganhar um Globo de Ouro? Consideras que foi o momento mais marcante da tua carreira até à data? 

Foi totalmente inesperado. Provavelmente dos momentos mais bonitos que marcam a minha vida, num ano que foi cheio de coisas boas.


Até onde gostarias de ir como actriz? Tens curiosidade em explorar outros mercados? 

Claro. Gostaria de ir o mais longe possível. Gosto de testar os meus próprios limites e saber se consigo ultrapassá-los. Gostaria muito de fazer cinema, e quero continuar a fazer teatro e televisão. Sinto que tenho muita sorte por poder fazer o que mais gosto, mas é importante continuar a ter ambições sem nunca deixar de valorizar o que temos e já conseguimos.


Gostas de moda? Como identificas o teu estilo? Até onde irias na mudança de look para compor um personagem? 

Não é uma área que me interesse muito, na verdade. Para uma personagem seria capaz de fazer mudanças radicais. Na minha vida pessoal, gosto de simplicidade e conforto. Não adoro ir às compras e os desfiles de moda aborrecem-me bastante :)


Como te defines como mulher? 

Acho que sou sonhadora, sempre lutei pelos meus objetivos e gosto de os concretizar. Sou simples e emocional.


Créditos Fotográficos Catariina Fernandes Photography


Hair by Tita Martins for Anton Beill Haircare 


  Make- up Perfumaria Douglas by Maria da Luz


Look

Shirt, vest and trousers Mango | Glitter ankle boots Cubanas Shoes | Watch Dior | Earings Topázio | Ring Eugénio Campos Jewels 

6 comentários:

  1. Adorei a entrevista! Quero muito ir ver o Principezinho ☺

    Beijinho
    Carla

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  2. É uma excelente atriz, mesmo. Admiro-a muito e gostei muito da entrevista :)

    Claudia - Mulher XL

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    1. Obrigada Cláudia, a Mariana é realmente uma actriz de enorme talento e uma pessoa muito simpática e genuína!

      Um beijinho

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  3. Gostei do registo simples da Mariana e das boas fotos da Catarina Fernandes que ilustram a entrevista. Mais uma excelente entrevista ;)

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    1. A Catarina conseguiu captar muito bem a essência desta entrevista ;)

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